Friday, December 29, 2006

Go Away!



… Tu não passas de um passado que já não resplandece.

A vela que aqui dentro ainda poderia chamejar, fiz questão de apagar. Com a ponta dos dedos, senti o escaldar e a intensidade do lume na pele.

Não pises mais os caminhos por onde deixo minhas marcas. Estes são meus por direito e não quero mudá-los. Os teus, ao contrário do que previ, não foram indeléveis.

Não quero que se lembrem de mim quando já não faço parte. Pouco me importa o que acontecerá com a carne assim que a alma já lá não estiver.

Que queimem meu cadáver, ou simplesmente o abandonem. Já não importa quando a alma lá não residir.





.

Thursday, December 28, 2006

...

É isso aí



Eternizo e prolongo o momento não só em memória.

Telefone toca e irrompe no silêncio do outro lado "É isso aí"... Somente isso...





.
.

Todo e qualquer desejo está intimamente ligado à admiração.

Impossível almejar o que não nos chama a atenção. Há que existir o chamariz.

Da mesma forma acredito, que nesta vida tudo gira em torno do interesse. Seja ele qual for, é o que nos move. Difícil ver quem assim o diga. Geralmente, encapados pelo falso moralismo, nunca há descaradamente a relação da contrapartida.

Tudo acontece muito subtil, devagar… O lentamente diminui drasticamente o impacto do “era isso que eu pretendia”.

… E perde-se tanto tempo nesta jogatina… Tsck Tsck

Mas olha só que engraçado. Até neste ponto existe a contrapartida. Tiramos proveito dessa embromação toda com as fases da conquista. Enquanto não se sabe quais são os resultados, criam-se cenários e expectativas e a sensação do “vem aí” causa até, diria eu, uma contida euforia.

É vício. Já que tem de ser assim, então que venha o lucro da situação. E cá entre nós, é tão bommmmmm. Do melhor que há. Nada que viesse na bandeja assumiria mesmo valor.

Então por aqui, vou eu trilhando os caminhos do Gil… “Há de surgir, uma estrela no céu cada vez que ocê sorrir”



*Para ouvir:
Estrela – Gilberto Gil



.

Tuesday, December 26, 2006

Convívio Fraternal???

E lá vem o blá blá blá das confraternizações. É natal, ano novo, beijinhos pra aqui… beijinhos pra ali…

Detesto essa merda.

Me sinto praticamente obrigada a demosntrar que lembro de todos que na realidade, nunca me esqueço por serem importantes a mim.


Nunca comemorei o natal. Ok… uma vez comemorei e moooooito, mas de peculiar forma e a dois.

Mas… Se passar fulano ou ciclano sem que as desejosas felicitações ali esbarrem, já é motivo para ter em atenção.

Está bem, está bem… Não sou hipócrita a ponto de dizer que não gostei dos inúmeros presentes que me chegaram neste ano, mas me sentir sujeita a retribuir prendinhas e sorrisos é o que me mata. Gosto de quando as coisas fluem pura e simplesmente.

Adoro presentear, mas gosto de surpreender a mim e a quem tento agradar. O que odeio é a obrigatoriedade que este período traz. A quem me é importante e vice-versa, não é só nesta época que trocamos afetuosidades.

Já agora… Ho Ho Ho e FELIZ 2007 a TODOS que esqueci de desejar, ou não deu tempo (vem a desculpa esfarrapada em seguimento ao delito). Pronto… sinto-me livre.



.

Monday, December 18, 2006

In my dreams...

Incrível como pode nos reportar para outro espaço de tempo nas mais diversas situações, felizes ou não.

Já matei quem muito amava, já fugi, voei, na infância brinquei com o que queria ganhar, cheguei nos pontos a que queria em adulta e também apareci nua na escola, já sorri e já chorei, até iniciação sexual provei em meus sonhos. Em cada um deles, tive a real sensação.

Gosto de “sonhos de ação”, onde sou a protagonista como na vida pessoal, porém com o toque mágico de poder estar como, com quem e onde o inconsciente manda.

Não se distingue o verdadeiro do fantasioso no momento em que as pestanas se unem. Quando despertos, sempre há uma deixa para saber o que leva o subconsciente… Se a experiência não se mostra trágica, resta a sensação de saudosismo.

Tenho tido um sonho recorrente. Aliás, recorrente não é o sonho, mas a presença de quem não posso estalar os dedos para que todo um curso de racionalizações transforme-se e nos una.

Bom disso, é que permanentemente me faz companhia quem já não está ao meu lado… Sinto, cheiro, divirto, brigo e vivencio conjuntamente situações do dia-a-dia numa doce brincadeira. Ao abrir dos olhos, resta a sensação de “que passamos hoje”.




Perfeito.



…E lá vou eu, mais uma vez, entregar o domínio da consciência à almofada.

Saturday, December 16, 2006

"Jobs"

Me perguntaram se tenho algum ídolo.

“Qual o teu ídolo?” “ O que te agrada, e é definição de beleza em um homem?” “ Qual actor masculino julga ser o mais belo?” “ Exemplo que se aproxime da perfeição física e psicológica?”
São das típicas perguntas que sempre me deixarão na dúvida e nunca darei a mesma resposta passado uns dias ou horas, pois é exatamente pela indefinição e total despreocupação no assunto, que pecaria.
Ídolo não tenho, nunca tive.

Mas se há uma figura que muito admire, certamente é Steve Jobs.

Perseverança, espírito empreendedor e gosto pelo que faz, são alguns dos distintivos que me capturam a atenção por um bom tempo neste visionário. Ainda mais que o tipo encontra-se em minha área de eleição: Administração empresarial.

Admiro muiiiito, mas não idolatro.

Talvez isso se justifique pelo facto de identificação e reconhecimento no que leio e vejo em entrevistas pessoais e descrições biográficas. Certo é, que também acompanho seu desenvolvimento estratégico com avidez.

Tenho consciência do que me inebria neste caso. A paixão profissional. É daquelas coisas que só quem encontra, sabe o prazer do que é mover montanhas para estar ao alcance. Mesmo depois de derrotado, mesmo sem o poder de fazer acontecer como se quer, embate-se em caminhos aleatórios que levam à concretização causada pelo entusiasmo inicial. Steve é prova disso.

Conheço muita gente que trabalha na área que se formou, mas não passa de marionete da profissão, ou dos passos que geralmente patrões ou “recomendantes” possibilitam que se dê (vulgarmente são frustrados, e tentam compensar a falta com o título acadêmico). Um indivíduo nesta situação, posso vê-lo como profissional? Penso que seria melhor dizer... adestrado.

Thanks God! Deste mal não sofro. Ser formada em exatas não me impeliu a exercer. Joguei para o alto e me ajustei à humanas no setor de apoio à área da saúde. AMO o que faço.

O como se vê, o segredo está na paixão.






.

Thursday, December 14, 2006

A Conquista

Hoje, meu passo foi do tamanho do Mundo!

A comemoração é aqui dentro, única, minha.

Nada, nem ninguém vai me tirar este dia.

Não vou sair prá rua soltando fogos de artifício, não vou levantar um copo frente a outro, muito menos gritar aos quatro ventos.


Vou comemorá-lo da forma que conquistei. Absolutamente só.

E é com a introspecção que brindarei a impagável sensação de realização. Saúdo por não ter deixado escapar o “fio da meada” quando me senti fraca e sozinha.

Sim, minha celebração é com a única pessoa que sei que não me deixará de lado e sempre estará em minha companhia, mesmo em momentos de puro desapontamento: EU

A sensação de conquista aflorou o narcisismo, e aproveito a deixa para declarar minha paixão mais antiga. Realmente gosto do EU. Gosto de quem fui, amo quem sou e estou segura de que esta parcialidade não se esvairá no futuro.
E não é porque estou em minha presença que digo isso!!!
É a incrível satisfação de auto-suficiência e liberdade, que sobrevém do desapego de que X ou Y esteja presente para o êxito ser completo.

Estou provando a felicidade de forma singular e independente.

Não há o "senão".





.

Tuesday, December 12, 2006

A Arte Reproduz a Vida


Neste fim-de-semana em um curso re-conheci o “House” da medicina dentária. Já o tinha encontrado em vários outros eventos da área e tbm em situações menos formais, em que o instrumento básico é um copo, e a dissertação não passa de piadas e palavras desprendidas de rigor. Mas foi desta vez que ocorreu o “clik”. House, você me lembra o House.

Assemelha-se não só com a personagem, mas também nas feições e par de olhos azuis de Hugh Laurie, e para seu físico encarnado em House, falta-lhe a bengala.

Incrível como o sujeito consegue arrebatar todos os ânimos que estão à volta e carregar para um “mar de contradições”. Foi cómico, como em todas as vezes o é. De humor um tanto quanto ácido, picante, consegue elevar o nível de qualquer palestra ao confrontante para quem está diante de uma platéia ávida de conhecimentos e novas técnicas.

Em uma aula de laser terapia, em que o Sr. Prof. Dr. à frente demonstra os benefícios (tão somente) profiláticos do laser aplicado em Herpes labial, já arremata o fulano, entre tantas outras :

ah Dr., diga-me que não querem fazer disso ‘o point’. Nestes casos, quando quero reconhecer até que ponto chega o mal, uso a super-cola (vulgo super Bonder), e olha, já obtive magníficos resultados, funciona como nenhum, se não for assim, ao menos já se sabe qual é o caminho a não se seguir.

Está se borrifando para os metódicos que estão à volta. Há há há Restam as gargalhadas e um aceno positivo do palestrante.

Detentor de máximas como “filho é bom, mas dura muito” , é medonho para quem está de fora, estranho para quem não sabe o profissional que é, principalmente quando fora do ambiente laboral se apodera de uns goles de whiskey. Mas sem sombra de dúvidas, a figura é no mínimo, marcante.

Gostei de ver.



.

Thursday, December 07, 2006

1979 - Smashing Pumpkins

1979




Shakedown 1979, cool kids never have the time...



... Voltar no tempo?

Não! Foi bom viver. Que venham os 40!!!




*1979 , curiosamente meu ano.




.

Monday, December 04, 2006

Presságio

.





Existe um homem que me encanta, inspira e é até capaz de me fazer aceitar pontos de vista diferentes de um Mundo que vejo particular.

É misto de saberes e sabores que inevitavelmente agrada a qualquer um. Uma relíquia que posso contemplar e ter o prazer de saborear da doce e rara companhia.

Homem com alma feminina… Meu oposto. Alma esta, que sustenta o que falta na minha ( o romantismo em forma de pura poesia).

Sei que não é o nosso tempo, ele também o sabe. Sei que viemos em épocas desencontradas, ele também o sente. Igualmente sabemos que nosso futuro não é paralelo, mas isso é o que possibilita haver ponto de convergência. Pode até não haver, mas na troca dos olhares cúmplices existe o prenúncio do amanhã.

Podemos nunca vir a sentir o gosto um do outro, mas a sinergia do que nos rodeia é tal, que mesmo sendo imaterial, tange que seria o deleite.

Estranhamente desta vez não tenho pressa. Descomunalmente desta vez não quero fazer acontecer.

Não é amor, não é paixão nem tesão. Imã.









.

Thursday, November 16, 2006

Nilda

.




O nosso amor transcende o Oceano, o tempo e a vida...

O nosso amor transcende o real e a confiança...

O nosso amor trancende o condicionante...



Transcende.



O nosso... É AMOR!




.

Sunday, October 29, 2006

El Amor Después del Amor


.
.

O tempo passa e transforma os amantes de outrora em pessoas naturalmente estranhas. Principalmente quando o ponto motor de tudo é a desilusão.

Algo como “aquele alguém que eu conhecia está morto”, submerge no reconhecimento do que foi e é.

Diferentemente de quando se nutre sentimento de raiva, dor ou algo que moleste a ponto de se intentar rematar o puzzle embaralhado, com ou sem guerrilha.

O outro só morre quando não se fala da ferida com dor, quando os pormenores do que se passou deslizam ao lado de forma natural, e não tornam cenas e detalhes com a singularidade do momento vivenciado. Continua-se gostando das mesmas coisas, porém, sem a particularidade que o romance conferia.

Acredito indubitavelmente que a adaptação seja possível a todos que acatam essa morte. Nada, nem ninguém é insubstituível, tirando-se laços de consanguinidade, pelos óbvios motivos.

Quando se sofre por amor, é preciso permitir que a ferida se cure. É como morrer junto, mas depois da morte, regressar do inferno à vida quando esta nos puxa o tapete, acreditando no porvir.



Como diria Fito Páez:

“…el perfume que lleva al dolor

en al esencia de las almas

en la ausencia del dolor…”

.

.

Friday, October 27, 2006

Água

.
Água - Jarabe de Palo - Ouça aqui - ........

.
Cómo quieres ser mi amiga
si por ti daría la vida,
si confundo tu sonrisa
por camelo si me miras.
.
Razón y piel, difícil mezla,
agua y sed, serio problema.
.
Cómo quieres ser mi amiga
si por ti me perderia
si confundo tus caricias
por camelo si me mimas.
.
Pasión y ley, difícil mezcla,
agua y sed, serio problema...
.
Cuando uno tiene sed
pero el agua no está cerca,
cuando uno quiere beber
pero el agua no está cerca.
.
Qué hacer, tú lo sabes,
conservar la distancia,
renunciar a lo natural,
y dejar que el agua corra.
.
Cómo quieres ser mi amiga
cuando esta carta recibas,
un mensaje hay entre líneas,
cómo quieres ser mi amiga...
.
.
.

Tuesday, October 17, 2006

Inverno


A racionalização de tudo é promotora quase que exclusiva da frieza de acções.

Erro inconsequente transportá-la para as relações pessoais quando se espera uma vida salpicada de vermelho ou cor-de-rosa… E torna-se inevitável quando o lado esquerdo do cérebro coloca-se em funcionamento.

Tudo acontece mecânico, carnal.

Uma tempestade de pensamentos lógicos e estratégias inundam o que era pra ser simplesmente sonhado e vivenciado sob notas de allegretto.

Enquanto a jovialidade e inocência são conservadas, o encantamento ainda é possível.

Quando se descortina a ingenuidade destapando a realidade dos factos, uma cara bonita e o sorriso fácil deixam de ser suficientes. Abre-se a maratona de selecção e quanto mais se está atento, menor a chance de conclusão do que quer que seja.

Esperar pelo que então? Já não há saída?

Sim. Há que transcender expectativas, exceder o natural, o químico, físico, psicológico, biológico (e tudo mais que termine com “ógico”), sob o olhar de quem ama o feio. E é assim que todos os pormenores se vulgarizam diante da insensibilidade adquirida.

E, sinceramente para que isso aconteça e dure, tem de ser ESPECIAL. Não menos que isso.




.

Monday, October 16, 2006




"Odeio quem me rouba a solidão sem verdadeiramente oferecer companhia. "



- Nietzsche -





.

Thursday, October 12, 2006




Existem lugares e cenas que não serão esquecidos, e jamais apagados da mente… Serão eternizados pelo simples motivo das circunstâncias.





Fecho os olhos… lembro, revivo.


O cheiro, o gosto e as personagens que acompanham… Momentos… Imagens que falam por si só.

Veio-me à cabeça a sensação de descoberta e conquista de quando era pequenina e viajava com o rosto colado ao vidro do carro olhando as estrelas. Mundo magnifico! Existia muito mais do outro lado sob o mesmo cenário iluminado que eu ainda não conhecia, mas tinha a certeza de que ainda seria por mim contemplado.

Me peguei 20 anos mais tarde com o rosto colado ao vidro do carro na volta da viagem, sob o mesmo céu estrelado e namorando-o de outro ângulo. Senti que tudo que imaginei foi possível, e de forma mais especial ainda.

Desta vez o olhar não foi de descoberta, mas realização!

.

Thursday, September 28, 2006

Freedom



Independência, é o que todos queremos. Buscamos pela liberdade, ser “donos do nariz”.

Começa cedo, mesmo quando criança, a luta por território. Muitas vezes, com a negação inconsciente ou forçosa aceitação de divisão de espaços e de atenção com irmãos. Na adolescência, sempre querendo sair de casa, ter rumo diferente e livre, não ter hora prá chegar, sequer ter medo do que dizer ou satisfações a dar. Independente de toda a segurança, amor e facilidades que o lar familiar e pessoas com o qual convivemos desde que nascemos, nos oferecem.

Não tarda muito… Tudo conquistado. Vida livre, emancipação garantida!

Hora de curtir a vida, e o poder de se jogar sem eira nem beira. Sem preocupações com relatórios de percurso, possíveis retaliações e curtir a sensação impagável de poder se manter em todos os âmbitos.

Basta?

Ironicamente, de uma hora prá outra, nos vemos querendo voluntariamente dividir a cama para o resto da vida com um “fulano” que não se conhece de lado algum, mas simplesmente o coração assim determinou…

O mais confuso de tudo isso é o “voluntariamente”. Estranhamente, estendemos os braços às algemas de sorriso nos lábios e o senso de partilha é apurado. Aceitamos dividir a vida, compartilhamos tudo o que conquistamos e até planos de futuro não se faz mais sozinhos!

O que nos faz mudar? Só existe uma causa para a transformação, e é o sentimento máximo que se pode obter (única razão capaz de me fazer aceitar determinados tipos de atitude ou mesmo mudar). Todo o resto é perca de tempo.

É onde testam-se os limites. Onde vemos o real significado do termo concessão.

Ao passo que não se entende realmente esta palavra, quando não se consegue colocá-la em prática, e, com reciprocidade testemunhá-la, impossível abrir mão do que foi conquistado a duras penas e com tanto anseio.

Por ora… Voilà liberté!!!!!!





...

Tuesday, September 26, 2006

Crescer

“…Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus, e que não abro mão
-
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar, e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou prá mim agora…”
-
O tempo passa. E mais rápido que sinto… Monótona seria a vida, se não houvesse o tempo com seus contratempos. Sentir, chorar, sorrir, amar, passar pelos tornados de descontentamentos e as explosões de novas emoções.
-
Bom olhar prá traz e perceber erros e “tropeções”. Saber enxergar o que passou com olhar de consternação como se lá no passado estivesse a criança perdida em tolas tentativas, e, num afago terno, poder afirmá-la que o caminho certo é sabido e docemente degustado à custa de suas vivências.
-
Amo envelhecer assim! Cada vez mais me vejo aproximar da maturidade a passos definidos… Cada vez mais este ciclo me envolve, me apaixona.
...

Thursday, September 14, 2006

- E hoje no picadeirooooooooooooo:



Há há , mas esta é boa!!! Cada coisa que me acontece… E lá me veio mais uma cena digna de Óscar!

Esta vida é mesmo um circo em que não sei bem ainda qual é o papel principal que desempenhei com melhor desenvoltura até hoje.

O palhaço (pior deles):

As vezes me pego com o nariz de palhaço nas mãos. Julgam que tenho memória curta ou é pura e simples subestimação? Hmmmmm…

Subestimação. Quando isso me passa pela cabeça não presta. Pode ir de uma rélis cantada barata (neste caso, levo mesmo como desafio ao intelecto), à aproximação “ao acaso” de alguém que me fez mal.

É aí que encarno o papel de palhaço encenado em todos os sentidos messssmo. Coloco o nariz vermelho, pinto a cara de subtilezas e… Começa o espectáculo!

No fim, é claro… Não poderia faltar: PUM! Torta na cara do opositor. Há há há há há


O Equilibrista (Com gosto):

Esse é feLomenal! Me vejo todos os dias mantendo o equilíbrio para chegar ao ponto que programei. Não é fácil, escolhi uma corda muito “bamba”, não tenho onde me segurar, mas igualmente tenho a consciência de que sou capaz… Tou chegando!


O acrobata (hmmmm):

Esse melhor não comentar (podem ter crianças lendo). Não sei por que me veio logo algo de cunho sexual à cabeça.


O malabarista (Eu consigo!):

Nem gosto de pensar nesta… Minha conta bancária bem sabe como desempenho este papel lindamente hehe


Mulher Barbada (Cruzes):

Taí o papel que me assombra, esse nem que me paguem o dobro desempenho! Amiga nº 01 da depilação e cuidados intensivos que me afastem dos… Pêlos… Porque tê-los?
Também não me vejo desempenhando papéis "masculinos" ou muito menos lutando por direitos de igualdades (isso se conquista naturalmente quando se é capaz), nao sou feminista, muito menos adepta ao machismo. São movimentos extremos de que me afasto o máximo possível. As diferenças existem, e isto de igualdade é entre humanos, vai da limitação e capacidade de cada um. Guerra de sexos misturado com jogo de poder... Patética luta.


O adestrador de Animais ( frustrante):

Pois é… Esse é o que ainda não consegui… Esperando ainda algum dia encontrar um homem de jeito que se deixe “treinar” hehe Difícil… Tsck Tsck Enquanto isso me resta a tentativa.


O mágico (ilusionista):

Enquanto eu for essa Pandora, enquanto estiver ainda no palco da vida, sei que pegarei nos meus objectivos como ponto motor de transformar sonhos em realidade.



The show must go on



...

Monday, September 11, 2006

Angel

… E de repente, o peito se abre jorrando uma luz que rasga a escuridão, iluminando todas as possibilidades de concretizações que o futuro reserva.

Gratas surpresas… Criaturas que me pegam pelas mãos e transportam para um voo leve! Incrivelmente, estes têm entrado em meu caminho por portas e estradas inimagináveis.

Mesmo nos recônditos caminhos em que passo, mesmo quando quero buscar na escuridão do âmago a solidão sem saída, lá aparece um ser que me toca e faz enxergar algo que me impulsiona.

Eu não pedi, mas estão ao meu redor e não me deixam. Uns entram na estrada mesmo quando não há controle, cruzam o veículo desgovernado e se oferecem a travar. Longe de serem celestiais, são simples mortais com quem posso contar, simples prendas de alegrias embaladas por laços de companheirismo que recebo quando menos espero.

Tenho anjos… Tenho sorte.






...

Thursday, September 07, 2006

"Vanity"


Hoje me vesti com a cor da paixão, cuidei de cada detalhe com toque feminino, me senti acompanhada pela libido.

O espelho foi meu amigo.

Assumi, compromisso de estar cada vez melhor e feliz, não só na alma. Me permito ter a vaidade física (pois é… aí está mais um dos sete pecados capitais que guarda a caixa).

Desenvolver meus potenciais e realizar-me na vida é bom, mas a mim não basta. Gosto me sentir bem e bonita. Beleza interior é indispensável, mas por que não potencializar o que se tem de bom no físico?

Mulher... Sim, sou mulher em todos os sentidos possíveis e me entrego às delícias de poder brincar com certos atributos que posso cultivar. Vaidade, lascividade, sensualidade…

Me sinto realizada com o que vejo no espelho. E quando não o sinto, arregaço as mangas e faço o que deve ser feito, passando por cima da procrastinação ou medo de ser feliz.

Lido bem com a vaidade, ou outros sentimentos que muitos levam como "pecaminosos" e de egocentrismo exagerado por serem veiculados tão somente como opositores à modéstia e simplicidade (como se essas realmente contassem) "nao sou isso, não sou aquilo..." Isso me remete à falsa modéstia, e até dispenso comentários sobre tal agora, deixo para uma outra oportunidade. Chega de divagações... O dever me chama.








...

Friday, August 25, 2006

Grrrrr



Droga, droga, droga ….. Mil vezes droga!

Por que as coisas mudam? Por que o que é bom acaba sendo difícil manter como está, e o que está ruim ainda pode piorar? É a lei de Murphy

Droga, droga, droga…. Mil vezes droga!

Foda-se, caralho, puta que pariu, merda… Nem todos os palavrões do Mundo agora me trariam satisfação. Não é físico, não queria bater portas (o que me é comum em momentos de extremo nervosismo, suficiente pra acalmar), tampouco esmurrar alguém, e desta vez, nem falta de sexo.

É a merda do INCONFORMISMO!

O sabor do inconformismo me é mais amargo que o do medo.

Momentos assim já foram responsáveis pelas grandes mudanças em minha vida. Mas isso não me CONFORMA. Odeio essa palavra, hoje, como pode-se presumir, ainda mais.

Quero nascer de novo, o amanhã pouco me importa com as experiências que tenho. Quero o sabor do novo… Quero frescor… Quero inocência e descoberta, quero acreditar na vida, e não vê-la como sei que é. MERDA! Onde foi parar a minha infância?

Não estou pedindo ajuda, isso é só um grito. É bom que os que passem a mão na cabeça e os “amiguinhos” hoje me fujam da presença. Não estou boa peça. Nestes momentos não gosto de auto-ajuda. Se falar que concorda já está errando… Se discordar, pior ainda.

Anti-social… É isso mesmo. Melhor eu ficar na jaula. Isso passa




...

Monday, August 21, 2006

Querer desmedido


Onde está o doce que te prometeram???

Colocaram em cima do armário o pote que o guardava…

Esperneou, chorou, gritou… Adianta?

Nada. Ah… Pandora, menina idiota. Desde quando esqueceu que não nasceu para ser mimada?

Anda! Levanta, lava essa cara de choro. Lembre-se, é da necessidade que tiramos a força para enfrentarmos todos os medos. Com ela também desafiamos os perigos da vida.

Necessidades… É de onde vêm as mudanças! Se não alcança o doce, muda de estratégia, de foco, ou conforme-se. Se a conformidade não está em você… Já sabe então.

Se o pote tão desejado foge ao poder de alcance, é que não é para estar em tuas mãos. Portanto… o foco. Busque o que sabe alcançar, saiba lutar por isso. O que é teu não te causará sofrimento nem desconforto. Não perca tempo nem energia.

Pandora, menina idiota, aprende! Sem choro, sem vela.
...
.

Wednesday, August 09, 2006

Libertação não... Ambição


Até onde ser esclarecidos nos torna superiores ás outras espécies? Superiores... E desde quando isso se faz satisfatório?

Por que lutamos, se não com o intuito de perpetuar o que quer que seja? Tola ambição… Afinal, observando o mais limitado animal, sem o mínimo esforço, consegue fazer da própria sobrevivência factor suficiente para garantir que a espécie permaneça, desfrutando somente do ciclo vital, contendo-se em ter as necessidades básicas satisfeitas.

Quanto mais o tempo passa, mais certa estou de que a ignorância é patrocinadora da felicidade…

É a incessante busca que nos traz a insatisfação. Em troca disso temos o desenvolvimento. Desenvolvimento esse que só serve para nos fazer querer mais, ir além…

Nunca basta, nunca chega. Eu quero mais, quero TUDO! E o tudo, sei que nunca terei, mas por isso luto.

Quero andar do "Oiapoque ao Chuí" , desbravar cada pontinha e diferenças existentes em outros continentes, estar em lugares que ainda não fui. Isso acontecesse seria satisfação. Verdadeira satisfação tem a velhinha que vive na choupana à beira da praia no mais deserto confim sem a mínima noção do que acontece com a vida lá fora, contando simplesmente com a alegria de ver o raiar do Sol a cada novo dia. Quanto menos se sabe, mais se tem.

Busca… Incessante busca.

Procuro a libertação, mas esta sei que não irei conquistar por ser dotada da característica cada vez mais sólida nos que tem fácil acesso à informação / conhecimento… a AMBIÇÂO.

Ambiciono constituir família, ter vida estável, conquistar um património e amor recíproco. Mas a ambição é tanta, que só os quero se realmente sentir que que os possuo inteiramente, do contrário me verei na incessante busca ou insatisfação. Mais vale ter mãos vazias que ocupá-las com algo que não nos pertence e conviver com o risco iminente de perca. Quero o que é meu a 100%, não menos que isso.

... Portanto, vale a pena lutar para conservar o que sentir que realmente está comigo. Faço, do instinto e evidências de com o que posso contar, ferramentas.




...

Thursday, August 03, 2006

Mentira



Ontem ouvi que situações confrontantes fazem algumas pessoas mentir.

Penso que a mentira sempre é sinal de fraqueza… Abomino pessoas que a usam como escudo. Bando de gente covarde!

A bandeira da verdade não está pregada na minha testa. Simplesmente nutro certo rancor pela mentira por ser algo que um dia já foi factor causador de minhas lágrimas e também de quem muito amo.

Longe de querer com isso, começar o hino “Vamos dar as mãos e acabar com a hipocrisia do Mundo”. Estou me borrifando com a política dos colarinhos brancos se isso não me afetar diretamente. Pois é… Descobri que o mundo em que vivo gira em torno do meu umbigo!

Egocêntrica? Há há ! Talvez por sê-lo tanto, ainda me vejo realista. Faço disso prática no meu dia-a-dia, desde que não me sinta afetando negativamente o próximo que estimo. É meu direito, e disso não abdico.

E já que estou falando de características marcantes e menos gratificantes, acabei de lembrar que também sou possessiva, controladora e pouco me importa que me pintem anos luz de um poço de virtudes ( é tudo intriga da oposição).

Uma coisa é certa, não sou má, tampouco vingativa. Sou daquelas que ainda acredita em justiça. Levo o conceito de vingança diferentemente de justiça. Sendo assim, busco sabedoria para seguir por este caminho e com isso alcançar a paz de espírito.




.

Tuesday, August 01, 2006

" Hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás "


Parece que fui alvejada por todos os lados... Emocional, profissional, e o psicológico até em físico conseguiu isso converter. Não fosse cética quanto ao que prevêem os oráculos e astros, até diria que o “inferno astral” me fez enxergar o fundo do poço.

Houve momentos em que me senti só, esperei por sinais e alentos que não vieram da forma que minha alma pedia.

Fiquei amarga com o que a vida me trouxe embalada neste período, porém, não é o que vejo reflectido no espelho. Não perdi o entusiasmo e a doçura retirada dos sonhos. Não vou contra a minha natureza só por ter passado por Y ou X situações. Meus valores permanecem intrínsecos, as acções é que serão ponderadas em virtude das cicatrizes mais afincadas.


Um dia após o outro… Realmente o tempo é senhor da razão. Dias passaram e me faço reerguer.

Nada muda olhar pra traz e lamentar.


Tenho as cartas do jogo da vida que quero nas mãos, e nenhum tempo para perder. Gasto energia para conservar ao meu lado somente os jogadores com objectivos comuns e espontâneos na vontade. Nada é mais forte que um coração voluntário, isso se converte em forças somadas.

Temo ficar parada no tempo, longe de concretizações, e isso não vou permitir que aconteça … “as pessoas costumam ir muito além por aquilo que temem que por aquilo que desejam”… Não é preciso ser vidente para saber onde isso vai dar.

É a minha vida, meu futuro.


Hoje, saúdo o recomeço!




.

Sunday, July 23, 2006

"Destino"


Não sou mulher de buscar respostas nas estrelas ou tarôt.

Sou rainha do meu destino e procuro regê-lo. Não é de mim esperar acontecer. Não quero ver a vida passar sem ter o controle do que me acontece. Tenho total consciência de o que surge é obra de minhas acções ou consentimentos.

Estou protegida em uma fortaleza que construí pedra sobre pedra. Me abrigo na torre mais alta, para ficar com a visão de todo o Mundo ao meu redor, e de certa forma inatingível.

Ilusão a minha não esperar sofrimento com este proteccionismo. Estar na torre mais alta não me impede de olhar e ver de que forma as muralhas que me circundam são atingidas. Ao invés disso, é o que possibilita.

Sempre há forma de chegar onde estou… Existe quem consiga livre passagem pelos portões. E ao transpor a muralha, ver que exista tamanha protecção pelo facto de ser um castelo de cristal a ser salvaguardado.

O real sabor do amor é a chave. E a quem entrego, entra em meu espaço mais íntimo, transparente, me tem por completo e descoberta.

Única maneira de me ver frágil, alicerçada em paredes de cristal… Fácil de aingir. Ainda assim tenho o controle de deixar a chave nas mãos de quem mereça.

A quem está de fora… Resta a muralha.





.

Prá que chorar?

.

Espanhola
Ouça aqui!



Por Flávio Venturini

.

.

* Linda a música... Não só a letra como os solos finais de guitarra e saxofone.


Por quantas vezes eu andei mentindo
Só por não poder te ver chorando

Te amo espanhola, te amo espanhola
Se for chorar, te amo!

Te amo espanhola, te amo espanhola
Se for chorar, te amo!

Sempre assim, cai o dia e é assim
Cai a noite e é assim
Essa lua sobre mim, essa fruta sobre o meu paladar
Nunca mais, quero ver você me olhar
Sem me entender em mim
Eu preciso lhe falar, eu preciso, eu tenho que lhe contar

Te amo espanhola, te amo espanhola
Prá que chorar, te amo!

Te amo espanhola, te amo espanhola
Prá que chorar, te amo!

.

Friday, July 21, 2006

PVC

. Amor, meu grande amor...


...Não chegue na hora marcada
Assim como as canções
Como as paixões e as palavras …

… Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me sinta sem saber
Se sou fogo ou se sou água…

… Que tudo o que ofereço
É meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo …

… Enquanto me tiver
Que eu seja a última e a primeira
E quando eu te encontrar
Meu grande amor, me reconheça!







* Frejat e Ro Ro que me perdoem, mas tive de cortar aqui e ali...
.

Tuesday, July 18, 2006

Pequenos atos


Poderiam me tratar como a primeira, princesa ou rainha;

Me cobrir diamantes ou jóias raras;

Pagar minhas contas, disponibilizar dinheiro, fazer do meu trabalho opcional e de mim a verdadeira “dondoca”.

Incrível, mas tem homens que realmente o oferecem na tentativa de “obter” sentimento e atenção. Não condeno, e também nem seria hipócrita de dizer que não o aceitaria de bom grado se viesse do homem que amo.

Mas isso a mim não compra!

... Sou bem mais barata que isso... eis aí também a relação de preço

O que me compraria seriam os privilégios:

… do primeiro (ou do) recado
… do convite que não veio para mim, por teoricamente não ir a mais ninguém
… do sms esperado
… da ligação do nada só por que “tive vontade de falar com você”
… do abraço apertado no meio da noite enquanto se dorme
… do e_mail do acaso quando se perde o sono
… de horas e horas de conversa com gostinho de quero mais
… do desejo carnal
… da cumplicidade e lealdade
… e por que não da exclusividade
… do fds perdido junto em que não se vê além do quarto, por completa falta de necessidade
… do companheirismo
e por último e mais importante … da reciprocidade de sentimento.


Hmmm… Pensando bem, sai um pouquinho mais caro que eu pensava, pois considero que no dia em que tiver tudo isso junto, vou ter uma pequena fortuna - e cá entre nós - mais uma vez vai falar mais alto o egoísmo e não vou dividir com ninguém!




.

Leoa


Nunca fui de desviar de meus objectivos. Geralmente o que quero consigo através de luta constante e articulações solitárias (mesmo quando em parcerias, tenho as minhas cartas).

Característica que marca, o pouco que me pertence conquistei sozinha. Isso é escolha. Não ignoro as mãos que apareceram no meu caminho, nem mesmo as que sempre estiveram presentes desde a minha concepção, mas tudo partiu da minha iniciativa.

Se eu decidir mudar de Continente e visualizar um caminho que me permita a possibilidade de desenvolvimento pessoal, lá estou eu sem medo do que possa enfrentar.

Se depois de sete anos de trabalho desenvolvido em um só lugar, visualizar uma oportunidade de negócio rentável e aprendizado, em outra ponta que me alicie, lá vou também chegar sem vontade de olhar para traz.

Se realização de objetivos me faz distanciar do cordão umbilical, me conformo em constatar que os “fins justificam os meios” (justificam as vezes, não levo isso como verdade absoluta).

É isso. Não tenho receios de enfrentar a vida.

Sou mulher de luta, leoa, leal às minhas crenças. Levo comigo a perspicácia, entretanto tenho consciência do preço a pagar…

E por tudo isso se eu errar, erro em grande. Pior… Caio sozinha.

Caminhos incertos. É o medo que me assola neste momento. Sensação de ter tomado todas as decisões erradas, ter acreditado no que não era para mim pelo alto preço que estou suportando.

Não é justo. Não tomo o pão de ninguém nem ando por caminhos indignos.

Jeito é continuar lutando…



.

Monday, July 17, 2006

Mundos


Bom sentir que em um dos mundos não somos mais um.

Bom sentir que tem alguém mais interessado em nós que em pessoas alheias.

Bom sentir que no transtorno das águas uma mão está sempre ao lado e não nos deixa afogar.

Bom sentir que podemos nos atirar no escuro, que não haverá desvios de caminho.

Bom sentir que quando nos achamos esquecidos, alguém nos mostra que existimos de forma mais que desejada.

Bom sentir que a alma pode se renovar com um contacto inesperado.

Bom sentir que entre o início e o fim, o céu e a terra existem complementos.

Bom sentir que a solidão existe quando não olhamos ao redor.

Bom sentir que durante a noite a Lua está lá, não tão forte quanto o Sol, mas que também brilha.

Bom sentir…
.
.

Expectativa



Para que serve? É a chave da decepção…

Estranho como não consigo separá-la dos objetivos.

Saber que não nutro expectativa por algo, é saber que já não estou à espera de que aconteça.
Será melhor?

Isso talvez distancie do alvo, mas ao menos não leva à desilusão.

É ter a certeza plena de que não seguro nada com a mão que escape entre os dedos. Ter ciência de que nada vai falhar pelo simples motivo de não se acreditar no que não se deve. É seguir o caminho menos doloroso.


Tem algo de ruim nisto tudo… Não nutrir expectativa é acreditar em mim somente, dizer não ao sonho e abrir os olhos à realidade. É duro. Aniquila a esperança de não estar só e não contar com o nada.

…Volto para o meu casulo.





.

Thursday, July 13, 2006

Parem o Mundo! EU quero descer







A felicidade, a paz no Mundo, o fim da fome em África... Pro caralho com o discurso de Miss Universo.

Em quinze dias fico mais velha e não vou desejar o básico nessa trágica passagem. Chamo de trágica não pelo fato do número que aumenta, mas por que cansei de fazer parte.

Vou colocar o egoísmo, egocentrismo e tudo mais que começa com ego como prioridade. Quero fazer hábito a defesa de meus interesses, opiniões, desejos e necessidades em primeiro lugar. Já o fazia, mas sempre levei em consideração o ambiente à minha volta, portanto o que mudou foi o primeiro lugar.

Altruísmo ……… Bah… Balela!

Tenho um ou dois sonhos para realizar absolutamente antes de morrer, e um deles sei que posso concretizar. O outro não depende só de mim, portanto, com esse não conto, só desejo.

Covil de víboras este Mundo… Sou uma também, mas é foda sempre esperar por ser picada.

Alguém aí por favor, me indica o caminho para Plutão?




.

Monday, July 10, 2006

Obsession

.

Hoje me faço em brasas.

O que me aquece é o desejo de ser possuída, ser envolvida e sentir aqui dentro a explosão de lavas que vem da paixão.

Estou sedenta do beijo, do toque que me faz estremecer, do êxtase em me deliciar no calor vindo da entrega e troca de sensações.

Meu corpo grita obsessivamente atraído pela lembrança do cheiro e do sabor de deleite até a ultima gota.

Euforia descontrolada e ânsia de satisfação.


Eu quero, eu desejo, eu preciso.







.

La Femme

Alma feminina… Estou no corpo certo, totalmente encontrada.

Por mais que custe o mês a mês, por mais que saiba que irá também doer a minha realização e transformação (gerar a vida e dar a luz), ainda assim, amo ser fêmea.

Gosto de ser de Vênus, as que vieram do meu planeta compartilham da feminilidade, sensualidade, e por que não com tudo isso a sensibilidade exagerada.

É o que nos faz diferentes dos que vieram de Marte. Vemos o Mundo sob prisma diferente, sentimos de forma diferente, mas a vontade sempre é a de aproximação. Diferença agradável. Atrai.

Prometeu na versão feminina não levaria consigo o complemento que encontrou em Pandora, e assim não alcançaria a caixa.

Igualdades e diferenças… Bom enchergar o espelho, mas sabendo que quando vemos o lado esquerdo, é o direito refletido.

Ver-se no lado oposto pode nos deixar confusos, sem noção de direção. O fato de ser controladora me deixa incomodada com isso. Incomodada, mas não insatisfeita, pois acredito que na igualdade jamais encontramos o complemento.

… E minha alma pede o complemento.





.

Sunday, July 09, 2006

Super-Herói

Um dia já me encantei por esse tipo de homem… O imbatível, sempre apto a dar o braço de ferro, aos indefesos. Queria isso prá mim, proteção e invencibilidade. Hoje tenho asco pelo tipo, por alguns motivos que me fizeram relacionar à quebra de confiança.

Tenho super-heróis no meu caminho, de cada um deles retiro o que considero como super-poderes, esses são poucos amigos, um ou outro colega de trabalho e meu pai.


O que quero do meu lado hoje não pertence à Liga da Justiça nem mesmo ao X-Men. Creio que está em um deserto, assim como é o meu jardim.


Quero resistência. Quero o cacto. Certeza de que tem as raízes onde vejo e de que não será necessária muita água para sobreviver.

É uma paixão antiga, em pequena já apreciava cacto. Uma planta resistente, fechada, se protege com espinhos, dispensa a estufa e não é campeã de elogios. Vejo beleza nisso. Desnecessário que outros o vejam e aprovem, eu gosto e é o que basta.

Quero ser a flor que desabrocha sobre o cacto. Sua resistência me fará sobreviver, seus espinhos também me servirão de escudo e não precisaremos estar além do deserto.






.

Saturday, July 08, 2006

Black and White

Sou preto no branco.

Quantas vezes já ouvi isso de bocas diferentes, umas mais importantes, outras, nem por isso. Em todas as vezes teve o devido tom de desaprovação… Não ligo, por que sei que tenho também um pouco de cinzento, que ninguém repara (risos).

Sei que o colorido existe, sei que minha vida se esbarra nessas nuances. Mas as vezes noto as pessoas que estão no mundo colorido e não quero fazer parte disso. E essas, a quem realmente importa, mostram uma só cor. Justo?

Preto no branco. Quem é importante pra mim sabe que tenho de cinzento também.






Respingos...


Um dia a flor desejou ter água. Tinha água, à disposição, mas não com o frescor do que a fazia sentir falta, por isso estava em um jardim deserto.
Estranha sensação, uma vez que tinha consciência de que o frescor que esperava era utópico, portanto seu futuro seria como estava.

Enganou-se a flor

Sem motivo algum esbarrou-se na flor a fonte de pedra que revelava na água o frescor que ela tanto almejava. Entregou-se, deliciou-se no presente e se permitiu acreditar.
Acreditou na pureza da água que a fonte a fornecia, e desse momento em diante suas raízes refrescavam-se somente daquela água. Não poderia ser de outra forma, uma vez que em sua crença, aquela água era pura e cristalina, e que tudo o que via era o que a fonte fornecia.
Flor não sabia que a fonte tinha segredo. Sentia o gosto na água, mas acreditou que se era verdadeira não teria o que temer.

Enganou-se a flor

Descobriu de onde vinha aquele sabor que não a deixava desfrutar do frescor que lhe fora oferecido. Flor se entristeceu… Murchou. Suas raízes submergiram naquela água e se afogaram.
Flor desejou nunca ter água, mas sabia que estaria sempre presente em sua sobrevivência, mesmo que sem o frescor participante daquela fonte.
Decidiu então que poderia olhar para frente e sequer se permitir ter sede.

Enganou-se a flor

Flor deixou o Sol entrar nas raízes e desejou que até os respingos daquela água se evaporassem.
Hoje a flor quer o frescor de volta, tem sede, mas não consegue desabrochar…


Ah… Se a flor soubesse tão certo quanto sua morte, que é possível voltar a desabrochar sem enganar-se… O seu futuro não seria no jardim deserto.