Sunday, July 23, 2006

"Destino"


Não sou mulher de buscar respostas nas estrelas ou tarôt.

Sou rainha do meu destino e procuro regê-lo. Não é de mim esperar acontecer. Não quero ver a vida passar sem ter o controle do que me acontece. Tenho total consciência de o que surge é obra de minhas acções ou consentimentos.

Estou protegida em uma fortaleza que construí pedra sobre pedra. Me abrigo na torre mais alta, para ficar com a visão de todo o Mundo ao meu redor, e de certa forma inatingível.

Ilusão a minha não esperar sofrimento com este proteccionismo. Estar na torre mais alta não me impede de olhar e ver de que forma as muralhas que me circundam são atingidas. Ao invés disso, é o que possibilita.

Sempre há forma de chegar onde estou… Existe quem consiga livre passagem pelos portões. E ao transpor a muralha, ver que exista tamanha protecção pelo facto de ser um castelo de cristal a ser salvaguardado.

O real sabor do amor é a chave. E a quem entrego, entra em meu espaço mais íntimo, transparente, me tem por completo e descoberta.

Única maneira de me ver frágil, alicerçada em paredes de cristal… Fácil de aingir. Ainda assim tenho o controle de deixar a chave nas mãos de quem mereça.

A quem está de fora… Resta a muralha.





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Prá que chorar?

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Espanhola
Ouça aqui!



Por Flávio Venturini

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* Linda a música... Não só a letra como os solos finais de guitarra e saxofone.


Por quantas vezes eu andei mentindo
Só por não poder te ver chorando

Te amo espanhola, te amo espanhola
Se for chorar, te amo!

Te amo espanhola, te amo espanhola
Se for chorar, te amo!

Sempre assim, cai o dia e é assim
Cai a noite e é assim
Essa lua sobre mim, essa fruta sobre o meu paladar
Nunca mais, quero ver você me olhar
Sem me entender em mim
Eu preciso lhe falar, eu preciso, eu tenho que lhe contar

Te amo espanhola, te amo espanhola
Prá que chorar, te amo!

Te amo espanhola, te amo espanhola
Prá que chorar, te amo!

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Friday, July 21, 2006

PVC

. Amor, meu grande amor...


...Não chegue na hora marcada
Assim como as canções
Como as paixões e as palavras …

… Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me sinta sem saber
Se sou fogo ou se sou água…

… Que tudo o que ofereço
É meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo …

… Enquanto me tiver
Que eu seja a última e a primeira
E quando eu te encontrar
Meu grande amor, me reconheça!







* Frejat e Ro Ro que me perdoem, mas tive de cortar aqui e ali...
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Tuesday, July 18, 2006

Pequenos atos


Poderiam me tratar como a primeira, princesa ou rainha;

Me cobrir diamantes ou jóias raras;

Pagar minhas contas, disponibilizar dinheiro, fazer do meu trabalho opcional e de mim a verdadeira “dondoca”.

Incrível, mas tem homens que realmente o oferecem na tentativa de “obter” sentimento e atenção. Não condeno, e também nem seria hipócrita de dizer que não o aceitaria de bom grado se viesse do homem que amo.

Mas isso a mim não compra!

... Sou bem mais barata que isso... eis aí também a relação de preço

O que me compraria seriam os privilégios:

… do primeiro (ou do) recado
… do convite que não veio para mim, por teoricamente não ir a mais ninguém
… do sms esperado
… da ligação do nada só por que “tive vontade de falar com você”
… do abraço apertado no meio da noite enquanto se dorme
… do e_mail do acaso quando se perde o sono
… de horas e horas de conversa com gostinho de quero mais
… do desejo carnal
… da cumplicidade e lealdade
… e por que não da exclusividade
… do fds perdido junto em que não se vê além do quarto, por completa falta de necessidade
… do companheirismo
e por último e mais importante … da reciprocidade de sentimento.


Hmmm… Pensando bem, sai um pouquinho mais caro que eu pensava, pois considero que no dia em que tiver tudo isso junto, vou ter uma pequena fortuna - e cá entre nós - mais uma vez vai falar mais alto o egoísmo e não vou dividir com ninguém!




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Leoa


Nunca fui de desviar de meus objectivos. Geralmente o que quero consigo através de luta constante e articulações solitárias (mesmo quando em parcerias, tenho as minhas cartas).

Característica que marca, o pouco que me pertence conquistei sozinha. Isso é escolha. Não ignoro as mãos que apareceram no meu caminho, nem mesmo as que sempre estiveram presentes desde a minha concepção, mas tudo partiu da minha iniciativa.

Se eu decidir mudar de Continente e visualizar um caminho que me permita a possibilidade de desenvolvimento pessoal, lá estou eu sem medo do que possa enfrentar.

Se depois de sete anos de trabalho desenvolvido em um só lugar, visualizar uma oportunidade de negócio rentável e aprendizado, em outra ponta que me alicie, lá vou também chegar sem vontade de olhar para traz.

Se realização de objetivos me faz distanciar do cordão umbilical, me conformo em constatar que os “fins justificam os meios” (justificam as vezes, não levo isso como verdade absoluta).

É isso. Não tenho receios de enfrentar a vida.

Sou mulher de luta, leoa, leal às minhas crenças. Levo comigo a perspicácia, entretanto tenho consciência do preço a pagar…

E por tudo isso se eu errar, erro em grande. Pior… Caio sozinha.

Caminhos incertos. É o medo que me assola neste momento. Sensação de ter tomado todas as decisões erradas, ter acreditado no que não era para mim pelo alto preço que estou suportando.

Não é justo. Não tomo o pão de ninguém nem ando por caminhos indignos.

Jeito é continuar lutando…



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Monday, July 17, 2006

Mundos


Bom sentir que em um dos mundos não somos mais um.

Bom sentir que tem alguém mais interessado em nós que em pessoas alheias.

Bom sentir que no transtorno das águas uma mão está sempre ao lado e não nos deixa afogar.

Bom sentir que podemos nos atirar no escuro, que não haverá desvios de caminho.

Bom sentir que quando nos achamos esquecidos, alguém nos mostra que existimos de forma mais que desejada.

Bom sentir que a alma pode se renovar com um contacto inesperado.

Bom sentir que entre o início e o fim, o céu e a terra existem complementos.

Bom sentir que a solidão existe quando não olhamos ao redor.

Bom sentir que durante a noite a Lua está lá, não tão forte quanto o Sol, mas que também brilha.

Bom sentir…
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Expectativa



Para que serve? É a chave da decepção…

Estranho como não consigo separá-la dos objetivos.

Saber que não nutro expectativa por algo, é saber que já não estou à espera de que aconteça.
Será melhor?

Isso talvez distancie do alvo, mas ao menos não leva à desilusão.

É ter a certeza plena de que não seguro nada com a mão que escape entre os dedos. Ter ciência de que nada vai falhar pelo simples motivo de não se acreditar no que não se deve. É seguir o caminho menos doloroso.


Tem algo de ruim nisto tudo… Não nutrir expectativa é acreditar em mim somente, dizer não ao sonho e abrir os olhos à realidade. É duro. Aniquila a esperança de não estar só e não contar com o nada.

…Volto para o meu casulo.





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Thursday, July 13, 2006

Parem o Mundo! EU quero descer







A felicidade, a paz no Mundo, o fim da fome em África... Pro caralho com o discurso de Miss Universo.

Em quinze dias fico mais velha e não vou desejar o básico nessa trágica passagem. Chamo de trágica não pelo fato do número que aumenta, mas por que cansei de fazer parte.

Vou colocar o egoísmo, egocentrismo e tudo mais que começa com ego como prioridade. Quero fazer hábito a defesa de meus interesses, opiniões, desejos e necessidades em primeiro lugar. Já o fazia, mas sempre levei em consideração o ambiente à minha volta, portanto o que mudou foi o primeiro lugar.

Altruísmo ……… Bah… Balela!

Tenho um ou dois sonhos para realizar absolutamente antes de morrer, e um deles sei que posso concretizar. O outro não depende só de mim, portanto, com esse não conto, só desejo.

Covil de víboras este Mundo… Sou uma também, mas é foda sempre esperar por ser picada.

Alguém aí por favor, me indica o caminho para Plutão?




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Monday, July 10, 2006

Obsession

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Hoje me faço em brasas.

O que me aquece é o desejo de ser possuída, ser envolvida e sentir aqui dentro a explosão de lavas que vem da paixão.

Estou sedenta do beijo, do toque que me faz estremecer, do êxtase em me deliciar no calor vindo da entrega e troca de sensações.

Meu corpo grita obsessivamente atraído pela lembrança do cheiro e do sabor de deleite até a ultima gota.

Euforia descontrolada e ânsia de satisfação.


Eu quero, eu desejo, eu preciso.







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La Femme

Alma feminina… Estou no corpo certo, totalmente encontrada.

Por mais que custe o mês a mês, por mais que saiba que irá também doer a minha realização e transformação (gerar a vida e dar a luz), ainda assim, amo ser fêmea.

Gosto de ser de Vênus, as que vieram do meu planeta compartilham da feminilidade, sensualidade, e por que não com tudo isso a sensibilidade exagerada.

É o que nos faz diferentes dos que vieram de Marte. Vemos o Mundo sob prisma diferente, sentimos de forma diferente, mas a vontade sempre é a de aproximação. Diferença agradável. Atrai.

Prometeu na versão feminina não levaria consigo o complemento que encontrou em Pandora, e assim não alcançaria a caixa.

Igualdades e diferenças… Bom enchergar o espelho, mas sabendo que quando vemos o lado esquerdo, é o direito refletido.

Ver-se no lado oposto pode nos deixar confusos, sem noção de direção. O fato de ser controladora me deixa incomodada com isso. Incomodada, mas não insatisfeita, pois acredito que na igualdade jamais encontramos o complemento.

… E minha alma pede o complemento.





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Sunday, July 09, 2006

Super-Herói

Um dia já me encantei por esse tipo de homem… O imbatível, sempre apto a dar o braço de ferro, aos indefesos. Queria isso prá mim, proteção e invencibilidade. Hoje tenho asco pelo tipo, por alguns motivos que me fizeram relacionar à quebra de confiança.

Tenho super-heróis no meu caminho, de cada um deles retiro o que considero como super-poderes, esses são poucos amigos, um ou outro colega de trabalho e meu pai.


O que quero do meu lado hoje não pertence à Liga da Justiça nem mesmo ao X-Men. Creio que está em um deserto, assim como é o meu jardim.


Quero resistência. Quero o cacto. Certeza de que tem as raízes onde vejo e de que não será necessária muita água para sobreviver.

É uma paixão antiga, em pequena já apreciava cacto. Uma planta resistente, fechada, se protege com espinhos, dispensa a estufa e não é campeã de elogios. Vejo beleza nisso. Desnecessário que outros o vejam e aprovem, eu gosto e é o que basta.

Quero ser a flor que desabrocha sobre o cacto. Sua resistência me fará sobreviver, seus espinhos também me servirão de escudo e não precisaremos estar além do deserto.






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Saturday, July 08, 2006

Black and White

Sou preto no branco.

Quantas vezes já ouvi isso de bocas diferentes, umas mais importantes, outras, nem por isso. Em todas as vezes teve o devido tom de desaprovação… Não ligo, por que sei que tenho também um pouco de cinzento, que ninguém repara (risos).

Sei que o colorido existe, sei que minha vida se esbarra nessas nuances. Mas as vezes noto as pessoas que estão no mundo colorido e não quero fazer parte disso. E essas, a quem realmente importa, mostram uma só cor. Justo?

Preto no branco. Quem é importante pra mim sabe que tenho de cinzento também.






Respingos...


Um dia a flor desejou ter água. Tinha água, à disposição, mas não com o frescor do que a fazia sentir falta, por isso estava em um jardim deserto.
Estranha sensação, uma vez que tinha consciência de que o frescor que esperava era utópico, portanto seu futuro seria como estava.

Enganou-se a flor

Sem motivo algum esbarrou-se na flor a fonte de pedra que revelava na água o frescor que ela tanto almejava. Entregou-se, deliciou-se no presente e se permitiu acreditar.
Acreditou na pureza da água que a fonte a fornecia, e desse momento em diante suas raízes refrescavam-se somente daquela água. Não poderia ser de outra forma, uma vez que em sua crença, aquela água era pura e cristalina, e que tudo o que via era o que a fonte fornecia.
Flor não sabia que a fonte tinha segredo. Sentia o gosto na água, mas acreditou que se era verdadeira não teria o que temer.

Enganou-se a flor

Descobriu de onde vinha aquele sabor que não a deixava desfrutar do frescor que lhe fora oferecido. Flor se entristeceu… Murchou. Suas raízes submergiram naquela água e se afogaram.
Flor desejou nunca ter água, mas sabia que estaria sempre presente em sua sobrevivência, mesmo que sem o frescor participante daquela fonte.
Decidiu então que poderia olhar para frente e sequer se permitir ter sede.

Enganou-se a flor

Flor deixou o Sol entrar nas raízes e desejou que até os respingos daquela água se evaporassem.
Hoje a flor quer o frescor de volta, tem sede, mas não consegue desabrochar…


Ah… Se a flor soubesse tão certo quanto sua morte, que é possível voltar a desabrochar sem enganar-se… O seu futuro não seria no jardim deserto.