
3 segundos.
Olhar vidrado. Instantes exatos para ter na totalidade a compreensão, quando a pupila fica à mostra.
Imagem captada, os ponteiros se movem contando o tempo de processar.
Correndo nas veias, obstante às informações para o óbvio ofício dos neurônios, vão camufladas minúsculas pontas de alfinete.
Cérebro lateja quando o olho da alma se abre...
... É.
Anúncio explosivo que nos tira a cegueira, automaticamente convertido em auto-defesa -graças ao bom senso do criador disso tudo- É o que nos garante a sobrevivência. Nos obriga correr ou armar.
Grandiosa duração, destes ínfimos segundos.
O prenúncio da dor nos desperta, bem como o anunciar de bem-estar se faz relaxante, adormece.
São similutides inversamente proporcionais. Sonho e realidade assumem planos paralelos. Nunca convergem, no máximo, se refletem.
3 segundos. Pálpebras se abrem, e já se vê o outro lado do espelho.
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