
… Tu não passas de um passado que já não resplandece.
A vela que aqui dentro ainda poderia chamejar, fiz questão de apagar. Com a ponta dos dedos, senti o escaldar e a intensidade do lume na pele.
Não pises mais os caminhos por onde deixo minhas marcas. Estes são meus por direito e não quero mudá-los. Os teus, ao contrário do que previ, não foram indeléveis.
Não quero que se lembrem de mim quando já não faço parte. Pouco me importa o que acontecerá com a carne assim que a alma já lá não estiver.
Que queimem meu cadáver, ou simplesmente o abandonem. Já não importa quando a alma lá não residir.
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