Corri. Voei sobre minhas barreiras.
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Caminhei descalça sobre a senda que me foi dada. O senti mais minha que de qualquer um que pela mesma percorresse, pois deixei ali o rastro e a inconfundível impressão de contato com a pele.
Abracei a luz que me foi concedida, foi o que me fez caminhar.
Hoje, findo o destino, quero simplesmente contemplar.
Estou amando mais que nunca, sentindo como jamais. O remate.
Certo é que suspirei pelo amanhã, planejei isto e aquilo. Desejei ter e ser. Mas não... O caminho se acabou.
Não se vai violentamente minha existência. Por mais que desejo fosse, não penso que tinha “algo a acabar”... unicamente observar, lembrar... conjecturar.
Num murmúrio suave deixo toda a afeição que me impele a despedir.
Separo-me da vida deixando para quem duvidas tiver, que se um dia as palavras EU TE AMO a si foram arremessadas através de minha boca, é porque realmente fez a diferença em minha estrada. Não tomo pedras preciosas por simples cacos de vidro. Mas também não as guardo num cofre.
Aos amores futuros, deixo o pesar de terem sido simplesmente sonhados...
Aos amores eternos, rendo graças por estarem em meu caminho desde o primeiro ao último dia. E é por vossa, e somente vossa causa, que lágrimas no âmago do meu ser brotam.
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